segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Sonhos (...)

Sonhos (…)
            Era de manhã. Abri os olhos e vi o tecto do meu quarto. Reparei que a pintura não está tão perfeita como parece. Com esforço levantei-me e calcei os chinelos. Caminhei até à cozinha e fui tomar o pequeno-almoço com a minha família reunida à volta da mesa.
            Estavam a sorrir para mim. Eu sorri de volta.
            Visto-me, sem nem sequer pensar em conjugar cores. Tinha mais com que me preocupar e o meu cérebro ainda estava a processar o excelente pequeno almoço que tivera na companhia dos meus.
            Saio de casa e decido andar até à escola. A verdade é que não tinha feito muito exercício nestes últimos tempos e porque não começar naquele momento?
            Observo a paisagem. Cumprimento este e aquele vizinho. Um por respeito voluntário, outro por respeito obrigatório.
            Trauteio uma das minhas canções favoritas de Rui Veloso sem me aperceber que atrás de mim vêm duas raparigas. Aparentam ter a mesma idade do que eu. Ou talvez não.
            Riem-se.
            Eu ignoro.
            Estou quase a chegar à escola e mal posso esperar para encontrar as minhas fiéis e queridas amigas que me apoiam em tudo o que eu preciso e nunca me abandonam ou trocam por nada deste mundo. Defendem-me de todos os males e dão-me sempre os melhores conselhos. Nunca se riem de mim. Nunca.
            Espera… estou a ver… não entendo… uh…
           
Era de manhã. Abri os olhos e vi o tecto do meu quarto. Reparei que a pintura não está tão perfeita como parece. Com esforço levantei-me e calcei os chinelos.

                                   Aí percebi. A minha vida nunca vai mudar.
                                   Tudo não passou (passa)* de um sonho…

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